segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Edificante Poeminha Escrito em Portuñol

1º - Don Ramón se tomo um pifon:
Bebia damasiado, Don Ramón!

2º - Y al volver cambaleante a sua casa avistó em el camino:
Un árbol y un toro...

3º - Pero como véia duplo, Don Ramón vio un árbol que era y un árbol que no era.
Un toro que era y un toro que no era.

4º - Y Don Ramón se subió al árbol que no era...

5º - Y lo atropeló el toro que era...

6º - Triste muerte de Don Ramón (...)

Obs: Poema de caráter nevrálgico e reflexivo

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Procure Poesias

O Brasil deve ser provavelmente, o país com o maior número de poetas por metro quadrado! Em compensação, o país deve possuir o menor percentual por quilômetro quadrado de leitores de poesia... E essa é uma questão difícil de explicar.
Como uma sociedade que possui tantos poetas, ao mesmo tempo, lê tão pouca poesia?
Culpa da escola?
Quando crianças, aprendemos sociabilidade através da poesia: nossas cantigas de roda são versos de seis ou sete sílabas poéticas, em geral, que facilitam a memorização.
A tradição ibérica é do poema popular de seis ou sete versos que são decorados.
Ou seja: crianças, gostamos de poesia.
Então, chegamos à escola. Parece que, na escola, a poesia é matéria de segunda qualidade. Os programas oficiais falam pouco sobre poesia. Os professores parecem temer a poesia. E aos poucos, ainda crianças, onde tudo é descoberta, esquecemos a poesia. Esquecemos a forma do poema.
Na adolescência, tem-se uma recaída (quase sempre fora da escola). A primeira paixão nos impele à produção de poemas para nossos primeiros namorados, namoradas, enfim... Companheiros.
O Mario Quintana dedicou vários poemas às suas primeiras namoradas. Felizmente, ao menos pra mim, depois das “paixonites”, ele continuou poeta. Mas a maioria desiste.
E, adultos, afastamo-nos totalmente da poesia.
Por quê?
Meu palpite é que temos medo da introspecção que a poesia propõe e exige.
É um pouco triste estereotipar, mas brasileiro gosta de falar alto, de expandir-se, de brincar, de ser inconseqüente.
E antes de tomar essas palavras como ofensa, apenas pare e pense, ou olhe ao seu redor.
A verdadeira poesia não gosta disso. Ela exige o silêncio, o encontro do leitor consigo mesmo, quase que de olhos fechados, como que guiado pela sonoridade e o ritmo das palavras e versos.
Eu não consigo dormir a cada dia, sem ler ao menos um poema, ou até mesmo, ouvir algum musicado.
É aquele momento em que, depois da azáfama do dia, quebro o ritmo trepidante e encontro-me comigo mesmo. É a minha oração.
Além de servir como alimento da alma, reequilibra. Seja apresentada de que maneira for.
Apenas Procure.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Como um Funcionário do Google

Hoje, além de mais um de meus pensamentos, é uma data que eu faço questão de registrar.
Hoje eu recebi o primeiro salário do novo escritório de arquitetura e ambientação onde trabalho.
Há quase três anos trabalho como designer de interiores, profissão ainda (ao meu ponto de vista) carente de reconhecimento no mercado.
Nesse tempo, passei por dois escritórios de arquitetura, alguns trabalhos autônomos e/ou empresariais... E mesmo com uma série de percalços, gosto do que faço.
Descobri por acaso, amo por opção.
Há pouco, lia em uma revista, uma matéria sobre o emprego que dez entre dez jovens dos Estados Unidos apetecem: ser um funcionário do Google. E antes que vocês perguntem:
“- O que isso tem a ver?” Apenas leiam.
Ao mesmo tempo em que a empresa é um ideal de realização pessoal, ganhou o bi no ranking anual de empresas com melhor reputação nos Estados Unidos. Não é fácil, mas o Google alcança isso sem terror nem chicotada nos funcionários. Sim, a cobrança é alta, mas os resultados chegam graças ao clima de descontração que a empresa procura manter seus quase 20 mil funcionários (Brasil incluso).
Desde que a filial brasileira foi aberta em 2005 (com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte), só um funcionário foi demitido por baixa produtividade. O resto dos quase duzentos funcionários “sofre” feliz.
No Google qualquer um pode trabalhar de bermuda e chinelos, e ninguém tem hora pra chegar. Máquinas de refrigerante e salgadinhos, junto com o restaurante, são gratuitos.
O ambiente é aberto, sem divisórias ou paredes entre os departamentos. Se você está num dia ruim, sem cabeça pra trabalhar, não tem problema: há uma sala com jogos, videogames e mesa de sinuca, entre outros. Já para a dor de cabeça e cansaço: salas com redes e pufes.
Ninguém controla quantas horas você fica na mesa. A cobrança é em cima da produtividade, dos projetos que você ajuda a desenvolver.
Não bastasse tudo isso, o Google ajuda nos gastos extras de seus funcionários, que vão da simples manicure a cursos de inglês, com uma “paradinha” por academias de ginástica.
E ainda não acabou... Não bastassem essas “regalias”, os colegas podem indicar uns aos outros para receber prêmios como jantares e viagens ou simplesmente, bônus no salário.
(...)
Na minha humilde (nem por isso menos maravilhosa) realidade, não existe tais máquinas ou salas, porém, existe a mesma cobrança e a mesma liberdade a nível profissional/visual, no qual eu posso afirmar a influência positiva sob minha produção.
Nossos momentos de liberdade, silêncio, calma, nervosismo, alegria, tristeza, decepção, descontração, divergência, concordância, entre tantos outros, servem apenas para vigorar a relação “somos uma equipe” e a sensação de que eu estou enfim com uma segunda família, a família que eu escolhi, ou seja, estou entre amigos. Esses são apenas alguns, dos milhares de motivos que eu poderia citar aqui... Tão poucos entre tantos existentes que fazem com que eu me sinta como um funcionário do Google.
Some ao conjunto, o componente mais importante: o reconhecimento como um profissional.

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Necessidade Especial

Essencial.
É isso que a música é pra mim. Junto a ela, os amigos com que carinhosamente eu tenho uma “banda”.
Banda entre aspas serve pra enfatizar que isso nunca foi além de um momento nosso. A maneira de estarmos juntos; de nos encontrarmos pra fazer o que mais gostamos: expressar sentimentos através da música.
Eu nunca tive a pretensão de me tornar músico. Não, não cheguei a tanto e esse é, sem dúvidas, um longo caminho. Apesar de grande apaixonado, eu ainda fortaleço vários “pré-conceitos” musicais e esse é, o principal motivo pelo qual não posso ser chamado de músico.
Isso tudo tem uma simples explicação: Os meus grandes ídolos nacionais e/ou internacionais, não têm esse tipo de limitação.
(...)
Bem, essa é mais uma de minhas composições. Marca o retorno da minha banda, a reformulação do nosso estilo e o início da fase em que eu “escrevo sobre o que sinto”.
Essa letra deixa isso bem claro. Chama-se “How to Start” e em poucas palavras fala sobre recomeçar e tudo o que essa palavra cinge.
Recomeçar da melhor maneira: jogando fora episódios ou pessoas que não te fizeram bem.
Boa interpretação.

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How to start (Rodrigo S. / Anne M.)

This sentimental point of view is contemplating thoughts about you.
It goes too far, but it never goes away.
Heart-to-heart is wearing thin. I guess you've lost the need for feeling.
Things change, you've gone.
So I keeping the best of me, it won’t break my heart in two.

Cause its just another one too many days I’ve gone without you.
But, did I have a day with you?
Life's a lovely thing to waste, so I won't waste my life on you.
I 'll try to make things work out.

I believe that everything has potential to be nothing.
Guess we weren't anything.
Guess you found what you really want.
So I want you to forgive me for not forgive you.
I won't forgive you.
I won't forget that you can’t forgive me.
I won’t forgive that fact that you can’t forget.

So it’s just another lday.
One too many days I’ve lost with a piece of shit that I stupid called somebody...
And Life's a lovely thing to waste, so you could be sure that I won't waste my life on you.
Fuck you!
I'll try to make things work out.

And I finished by saying that I hope you find the guy of your dreams.
The guy who makes you cum and end up saying:
"Your ass is not good enough for me; I gotta leave for make things work out"

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domingo, 10 de agosto de 2008

Permutação de Papéis

Once i was a little girl, stuck in a harbour, waiting for my beloved captain to come back...

(...)

But then i decided i was the captain, so i stopped being the little girl.

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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Egoísta

Egoísta (adj.) Diz-se de, ou pessoa que põe seus interesses pessoais acima de quaisquer outros. - Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.

"O egoísmo não consiste em vivermos conforme os nossos desejos, mas sim em exigirmos que os outros vivam da forma que nós gostaríamos. O altruísmo consiste em deixarmos todo o mundo viver do jeito que bem quiser." – Oscar Wilde


Pois bem, é o que eu resolvo ser a partir de hoje e por tempo ainda indeterminado.
Há algum tempo que os meus sentimentos, os meus desejos e tudo que inclui relação direta a mim mesmo, é posto em segundo plano. E quem é o único culpado nisso tudo?
Eu.
É tudo minha culpa, minha máxima e absoluta culpa.
Se eu insisto em sempre tomar os problemas das pessoas como meus, se eu insisto em estar sempre disposto a mostrar a “mão amiga”, por que eu deveria sentir falta disso em relação às pessoas de uma maneira geral?
Elas não são culpadas por isso! Elas não podem carregar o fardo de disponibilizar no seu dia, cinco minutos do seu tempo pra pensar na minha vida! Lógico que não! Aliás, cinco minutos é muito tempo! Em exatos cinco minutos que chego a essa parte de um mais um pensamento, eu poderia está ajudando um amigo, tentando resolver seus problemas, ou simplesmente por perto... Mas, por que eu faria?
Simples: “O meu egoísmo, é tão egoísta, que o auge do meu egoísmo é querer ajudar. Mas não sei por que nasci pra querer ajudar a querer consertar o que não pode ser.” (“Carpinteiro do Universo - Raul Seixas).
(...)
Nunca aceitei meu egoísmo, porém agora, eu me pego a mão e mudo o meu caminho junto as minhas frases frente ao espelho.
De forma estridente, eu quero fazer escárnio de maneira clarividente a frases como essa:
“Pedi você pra esperar cinco minutos só, você foi embora, sem me atender. Pois não viu, não sabe o que perdeu, pois você não viu como eu fiquei... Pois você não sabe e nunca vai saber... Pois você não sabe quanto vale cinco minutos na vida.” (“Cinco Minutos” - Marisa Monte)
Sem achar-me complicado, de agora em diante eu quero cantar canções pra mim.
Pelo menos até que chegue o momento em que eu possa renunciar:

“- Estive cansado. Meu egoísmo me deixou cansado. Meu orgulho me deixou cansado. E agora não falo pelos outros, só falo por mim.” ("Samba sobre você" - Rodrigo Severiano)

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Sem Denominação Honorífica

Bem, vamos lá...
Cenas de uma vida melhor. Elas têm me assombrado nas memórias das cidades, filmes, família e feriados.
Mas encontro-me na equitação dos automóveis. Afogando-me em histórias, pendurado em palavras que ouvi e erros que eu tentei esquecer.
Esses (erros) me batem, me doem.

Se a minha memória me servir, eu vou servir a minha vez.

Felizmente eu posso dizer que, o que vale, é esquecer.
Esquecer para dizer honestamente a mim mesmo que tudo isso é mais do que eu deveria está sentindo.
Sabendo como me sinto você me conhece.
E isso me bate, me dói.

Se a minha memória não vai me servir, eu vou servir ao meu tempo.

(...)

Se eu tento navegar em conjunto e não reencontro o amor, então a minha moral encarrega-se de definir seus próprios erros.


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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sobre Descobertas

Andei procurando uma lista de motivos para não permanecer em um lugar que costumava chamar de meu, mas uma réplica de uma voz interior foi tudo que eu ouvi. Gritava na minha direção de forma superficial, apelava para que eu a levasse a um lugar onde nos tornássemos o que eu era há alguns anos. Por fim, tudo o que achei foi a lista de motivos para permanecer no meu lugar, mas a réplica da voz interior continuava bradando por atenção, pedindo para que eu não ignorasse as suas palavras.
(...)

Eu não ignoro palavras, principalmente as minhas

(...)
Há tanto entre elas... Tantos pensamentos, momentos, apelos... Essa é a forma pela qual conscientemente eu nunca tento achar a “luz “em alguém que toma uma decisão consciente. E essa “pseudo-ignorância” é o que vou manter em mente para os próximos tempos; é o suficiente para rejeitar qualquer crédito que eu acredito que alguém possa ter tido. Na minha mente o “ganhar de volta” mostra sinais de incerteza, mas não consegue encontrar um traço de remorso. Se esse incidente serve apenas pra formular exemplos do meu “eu”, então afirmo com certeza que vale à pena.

...Andei pensando em alguma citação que pudesse transmitir o meu ponto máximo... Achei uma do Oscar Wilde:
“- Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”


Eu aceito como verdade absoluta e tento quase como uma obrigação, está entre a minoria.

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