quinta-feira, 7 de abril de 2011

Esse Filme Eu Já Vi

Muita comoção, muita lágrima, ok. Não vou discutir respeito ou se as pessoas que dizem “sentir muito”, realmente o sentem. Eu me pergunto onde vai parar “o luto de três dias” de hoje ou o “1 minuto de silêncio” em respeito às famílias, se a gente bem sabe como isso acaba, né? Dois anos é meu prazo pra essa tragédia de hoje virar sucesso de bilheteria nacional.

Obs: Sem QUALQUER RENDA, RESPEITO OU ALTERAÇÃO na atual conjuntura dos fatos, revertida pra família das vitimas.

Não desmereço lágrima, tão pouco não acredito que as pessoas de fato, não possam se comover. A questão é que a comoção por si só, sinto muito, não muda nada. E que mais uma vez, só o que se faz é falar e especular, pensar sobre possíveis formas de como resolver/evitar, achar culpados por trás do culpado e etc; ou seja, uma verdadeira sucessão de “esse filme eu já vi”.

O mais triste é que, pela milésima vez em que nós assistimos a esse mesmo filme, na esperança de que por algum intermédio - mesmo que divido - possamos alterar alguma cena, nós não passamos de espectadores, por tristes vezes, protagonistas. Triste é ter ciência - e mãos atadas – ao fato de que todos nós sabemos bem que o final é o mesmo, onde tudo permanece ABSOLUTAMENTE IGUAL.